Em uma coletânea de entrevistas, o diretor David Cronenberg comenta sobre o lançamento do DVD de Cosmópolis nos Estados Unidos e de seu novo projeto dom Robert Pattinson, Maps of the Stars, no qual será uma típica comédia hollywoodiana e começará a trabalhar nele em maio desse ano. Leia a seguir o texto.
Entrevista de David Cronenberg para a “Movieline”
M: O lançamento do DVD Blu-ray de Cosmópolis está cada vez mais perto, e a campanha de divulgação está em compasso com a campanha do Oscar de 2013. Acredito que você não se incomoda com o fato desse filme não está mais sendo alvo de críticas e discussões.
D: Sim. A cada ano que passa tento melhorar isso ainda mais; tento sempre ficar o mais desencanado possível. Este ano foi muito tranquilo porque não fomos indicados para nenhum prêmio. E não falo isso querendo me gabar, não se rata de nenhum tipo de compensação. É um alívio. É muito fácil ver-se enaltecido se você é nomeado por algo que tenha feito. As pessoas que fizeram o filme ficam animadas, elas querem fazer muito mais coisas, e você acaba entendendo tudo isso por que indubitavelmente ao se ganhar premiações, cada vez mais as pessoas querem ver o filme. Isso, com certeza seria o lado bom de tudo isso. Contudo, acaba por ser uma grande bobagem, tudo muito emblemático. Mas que ao mesmo tempo acaba por dar as pessoas motivos para escrever coisas, dando estrutura, renome, e isso é compreensível. Mas eu não vou assistir a nenhuma das premiações do Oscar.
M: O lançamento do DVD Blu-ray de Cosmópolis está cada vez mais perto, e a campanha de divulgação está em compasso com a campanha do Oscar de 2013. Acredito que você não se incomoda com o fato desse filme não está mais sendo alvo de críticas e discussões.
D: Sim. A cada ano que passa tento melhorar isso ainda mais; tento sempre ficar o mais desencanado possível. Este ano foi muito tranquilo porque não fomos indicados para nenhum prêmio. E não falo isso querendo me gabar, não se rata de nenhum tipo de compensação. É um alívio. É muito fácil ver-se enaltecido se você é nomeado por algo que tenha feito. As pessoas que fizeram o filme ficam animadas, elas querem fazer muito mais coisas, e você acaba entendendo tudo isso por que indubitavelmente ao se ganhar premiações, cada vez mais as pessoas querem ver o filme. Isso, com certeza seria o lado bom de tudo isso. Contudo, acaba por ser uma grande bobagem, tudo muito emblemático. Mas que ao mesmo tempo acaba por dar as pessoas motivos para escrever coisas, dando estrutura, renome, e isso é compreensível. Mas eu não vou assistir a nenhuma das premiações do Oscar.
M: Nas listas de ranking de filmes do Final de Ano, contudo, Cosmópolis alcançou a segunda posição dos 10 filmes mais vistos no ano (da lista “Cahiers du Cinema's top ten of the year.”).
D: É, inclusive na lista do “Sight and Sound” também.
M: Bem, como você deve saber, os críticos europeus ficam rebaixando o filme. E com certeza acabará ficando na nossa lista entre os 20 mais assistidos, acredito.
[Nota: o filme ficou na posição #12 na lista.].
D: Se eu te desse dinheiro, você colocaria o filme em uma posição melhor?!
M: Não. Você acha que isso ocorre?
D: Depende quanto fosse. Convenhamos que isto existe. Garanto que se oferecem 100 mil...
M: Você me daria cem mil para deixar Cosmópolis ganhar o ranking de melhor filme do ano?
D: Não! [risos]. Mas foi apenas um pensamento.
M: Bem, como você deve saber, os críticos europeus ficam rebaixando o filme. E com certeza acabará ficando na nossa lista entre os 20 mais assistidos, acredito.
[Nota: o filme ficou na posição #12 na lista.].
D: Se eu te desse dinheiro, você colocaria o filme em uma posição melhor?!
M: Não. Você acha que isso ocorre?
D: Depende quanto fosse. Convenhamos que isto existe. Garanto que se oferecem 100 mil...
M: Você me daria cem mil para deixar Cosmópolis ganhar o ranking de melhor filme do ano?
D: Não! [risos]. Mas foi apenas um pensamento.
M: [...] Enfim, desculpe por esse papo inconveniente... Bem, sabemos que Cosmópolis está sendo lançado em Blu-ray. Tem algumas cenas extras que foram deletadas?!
D: Eu sempre sou muito relutante em incluir cenas que foram deletadas do filme. Mesmo porque, elas foram deletadas por alguma razão. Eu gosto da magia do cinema. No filme “A History of Violence” eu incluí uma ou duas cenas porque são cenas muito incomuns, mas também, foi a única vez em que incluí cenas deletadas. Por outro lado, eu gosto muito da ideia de ter um “making of”, estilo documentário. Eu percebo que tanto os estudantes de cinema, bem como os fãs do filme que nunca estiveram de fato em um “set” de filmagens, poderiam ver algo a mais, se quem dirige o filme o faz com honestidade e leveza. Claro que não faria o “making of” sozinho, mesmo porque eu sempre estou muito ocupado fazendo filmes- mas sempre tento encorajar ser sempre o mais realista possível. Não quero que um “making of” seja apenas um lance promocional de divulgação do filme. Da mesma forma, quando eu faço um comentário, como tenho feito com Cosmópolis, eu não faço da boca para fora. Eu não comento apenas sobre o quão maravilhoso é trabalhar com alguém, ou mesmo sobre o quanto nós divertimos na festa de encerramento. Falo da realização de algum momento em particular.
M: Seu próximo projeto está pronto?
D: Eu estou terminando um romance por agora, e eu espero poder começar com as filmagens de “Maps to the Stars” no mês de Maio, com roteiro de Bruce Wagner. Contudo, por ser um projeto independente pode não dar certo.
Entrevista de David Cronenberg para a “Details”
DETAILS: Ter alguém tão renomado no elenco como o ator Robert Pattinson ajudou a alcançar todo o respaldo que teve o filme “Cosmópolis”?!
D: Tudo não se resume ao Rob; foi uma co-produção canadense-francesa, ademais, havia outros atores como a Juliette Binoche e o Mathieu Amalric, que realmente contribuíram para dar toda força e base a um filme para que pudesse levantar fundos necessários para fazê-lo. O que importa de fato é se você tem bons atores trabalhando com você.
DETAILS: O que fez com que o Rob fosse escalado para fazer o filme? O filme é tão distante de todo o envoltório em torno de “Crepúsculo” e dos fãs da Saga, que eles jamais o imaginariam fazendo um filme deste tipo.
D: Foi uma surpresa muito grande. Todos eles estavam muito interessados no filme e inclusive fizeram alguns sites só para Cosmópolis, por conta de serem fãs do Rob. E muitas das fãs falavam sobre terem lido o livro “Cosmópolis”. Eu acredito que essas fãs até então tivessem lido tão somente livros como “Crepúsculo” e “Harry Potter”, quando de repente, passaram a ler Don DeLillo( autor de “Cosmópolis”).
DETAILS: O filme traz de maneira incisiva uma imagem de moda estilo “high-tech”. Qual foi sua inspiração para montar o look do personagem de Rob?
D: Acredito que toda inspiração venha dos próprios personagens que compõem o filme. Todos eles são bem ricos. O que é interessante, haja vista que muitos nos questionaram, “a fama de Rob seria um paralelo traçado e metaforizado por Packer (personagem de Rob)?”. E eu disse, “Não, pelo contrário. Eric Packer não é nada famoso. Ele não quer ter seu nome em nenhum papel.” Ele se veste bem, mas de maneira bem convencional. Na verdade, o próprio Rob havia pedido que o seu personagem se vestisse de maneira não chamativa. São roupas caras, isso é fato, mas não são roupas chamativas.
DETAILS: O filme “Maps to the Stars” está previsto para começar a ser filmado em Maio. Vocês já assinaram contrato com os atores: Robert Pattinson, Viggo Mortensen e Rachel Weisz?
D: Eu acredito que o Viggo não poderá fazer o filme, mas com relação aos outros dois atores citados, tudo está indo muito bem, obrigado. Se eles já assinaram? Não. Mas eles fizeram um compromisso, deram suas palavras de que, se tudo der certo, eles farão parte sim! De qualquer jeito, há grandes possibilidades de estarem os três atores, mas isso está um pouco além da certeza. Esta é a vida na produção de filmes independentes.
Entrevista de David Cronenberg para a "IGN"
IGN: Muitas pessoas se questionaram à respeito de alguns aspectos do filme. De quais recursos esses “cidadãos de Cosmópolis” podem se valer para elucidar tudo isso?
D: Eu acredito que com o “making of”, que é em verdade tem maior duração que o filme, pode dirimir alguns desses aspectos. Obviamente não é qualquer pessoa que compra o DVD, que se sente interessada em realmente entender a fundo tudo isso. Por isso que acredito que um dos motivos essenciais de fazer um bom “making of” não é apenas o de fazer algo que todos falem, “oh, foi um trabalho ótimo entre todos que fizeram parte do filme”, mas sim o de poder mostrar realmente todo o processo de filmagem. Como resultado disso, por exemplo, seria para com os estudantes de cinema, e para com aqueles fãs de cinema, porque acaba-se por trazer para bem perto e com certa familiaridade, aqueles que fizeram parte do filme. E no caso específico de “Cosmópolis” trouxemos um set de filmagens fora do usual: uma limusine. Por isso, fizemos questão e tomamos o máximo de cuidados para ter certeza de que era um ambiente preciso, passado com muita honestidade, simplicidade e de maneira esclarecedora.
D: Honestamente, eu não tenho uma agenda para por meus compromissos, eu não tenho planos traçados. Eu simplesmente faço um projeto de cada vez. Quando eu estou fazendo um filme, é como se, a cada novo filme que eu faça seja o primeiro, como se nunca tivesse feito um antes. Eu não penso sobre os filmes que já fiz. Acho que às vezes as pessoas pensam que você diz: “Sim, olhando toda a minha carreira, talvez eu tenha que fazer um filme deste ou aquele tipo”. Mas nunca é assim. Primeiramente, é tão difícil conseguir que seu filme seja financiado, de maneira que você deixa de ter qualquer controle em relação a quando será filmado. Por exemplo, com o filme “Dead Ringers” as pessoas me perguntavam “porque só agora?!”; e eu as respondia: “Bem, eu tentei fazê-lo a 10 anos atrás, mas se eu tivesse obtido o financiamento necessário... mas não foi o caso.”. Logo, você não detém este tipo de controle de escolher quando e qual tipo de filme. Outro aspecto importante, é como já havia dito, trata-se de uma responsabilidade muito individual, subjetiva. Quando me mostraram o livro “Cosmópolis” pelo produtor, foi algo totalmente inesperado, e ainda assim, minha responsabilidade para com ele tornou-se imediatamente positiva. Era o tipo de responsabilidade para com o livro, mas sem pensar e me remeter aos outros do DeLillo, apesar de já ter lido muitos deles, nem mesmo me reportar aos meus outros filmes. Quando que optei pelo Rob Pattinson eu não pensei nos outros filmes que ele já havia feito, nem mesmo pensei em algo do tipo: “OK. Ele é famoso o suficiente para obter financiamento." Ao invés disso, eu pensei se ele era ou não um bom ator. Por isso que você deve tentar assimilar tudo fora do frenesi, e ter uma relação de igualdade em no trabalho que você está desenvolvendo e com os atores com os quais se trabalha. Eu não acho que seja algo difícil de se fazer.
Entrevista do David Cronenberg para “The Playlist”
• Falando um pouco sobre o Rob:
"Eu realmente acho que ele é um ótimo ator. É extremamente criativo. Ele me surpreendia em Cosmópolis todos os dias com sua atuação, sob os vieses de várias nuances e coisas inesperadas. Claro que eu estava muito familiarizado com o diálogo e ele ainda assim me surpreendia.” Disse Cronenberg entusiasmado. “E eu acredito que ele seja o tipo de ator com quem eu queira trabalhar muito, que é justamente como sinto também em relação ao Viggo Mortensen. Quando se encontra um ator que te surpreende a cada dia, você percebe essa que essa versatilidade pode fazer com que o ator faça outro filme, com um personagem totalmente diferente.”
• Falando um pouco mais sobre o filme, "Maps to the Stars”.
“Na verdade é como se fosse uma sátira sobre a vida em Hollywood. O que é algo bem típico em se tratando do roteirista Bruce Wagner. E de certa forma é uma condensação da essência de Bruce. E, ao mesmo tempo em que retrata um viés de sátira, é ao mesmo tempo, denso, forte no que tange ao aspecto emocional, perspicaz e engraçado.”, explicou Cronenberg. “E também será a primeira vez que irei filmar nos Estados Unidos. É estranho porque mesmo que meus filmes se passem no ambiente dos Estados Unidos, como ‘Cosmópolis’ e ‘The Dead Zone’, eu nunca filmei nos Estados Unidos. Esta seria a primeira vez. E eu estou muito animado.”
M: Seu próximo projeto está pronto?
D: Eu estou terminando um romance por agora, e eu espero poder começar com as filmagens de “Maps to the Stars” no mês de Maio, com roteiro de Bruce Wagner. Contudo, por ser um projeto independente pode não dar certo.
Entrevista de David Cronenberg para a “Details”
DETAILS: Ter alguém tão renomado no elenco como o ator Robert Pattinson ajudou a alcançar todo o respaldo que teve o filme “Cosmópolis”?!
D: Tudo não se resume ao Rob; foi uma co-produção canadense-francesa, ademais, havia outros atores como a Juliette Binoche e o Mathieu Amalric, que realmente contribuíram para dar toda força e base a um filme para que pudesse levantar fundos necessários para fazê-lo. O que importa de fato é se você tem bons atores trabalhando com você.
DETAILS: O que fez com que o Rob fosse escalado para fazer o filme? O filme é tão distante de todo o envoltório em torno de “Crepúsculo” e dos fãs da Saga, que eles jamais o imaginariam fazendo um filme deste tipo.
D: Foi uma surpresa muito grande. Todos eles estavam muito interessados no filme e inclusive fizeram alguns sites só para Cosmópolis, por conta de serem fãs do Rob. E muitas das fãs falavam sobre terem lido o livro “Cosmópolis”. Eu acredito que essas fãs até então tivessem lido tão somente livros como “Crepúsculo” e “Harry Potter”, quando de repente, passaram a ler Don DeLillo( autor de “Cosmópolis”).
DETAILS: O filme traz de maneira incisiva uma imagem de moda estilo “high-tech”. Qual foi sua inspiração para montar o look do personagem de Rob?
D: Acredito que toda inspiração venha dos próprios personagens que compõem o filme. Todos eles são bem ricos. O que é interessante, haja vista que muitos nos questionaram, “a fama de Rob seria um paralelo traçado e metaforizado por Packer (personagem de Rob)?”. E eu disse, “Não, pelo contrário. Eric Packer não é nada famoso. Ele não quer ter seu nome em nenhum papel.” Ele se veste bem, mas de maneira bem convencional. Na verdade, o próprio Rob havia pedido que o seu personagem se vestisse de maneira não chamativa. São roupas caras, isso é fato, mas não são roupas chamativas.
DETAILS: O filme “Maps to the Stars” está previsto para começar a ser filmado em Maio. Vocês já assinaram contrato com os atores: Robert Pattinson, Viggo Mortensen e Rachel Weisz?
D: Eu acredito que o Viggo não poderá fazer o filme, mas com relação aos outros dois atores citados, tudo está indo muito bem, obrigado. Se eles já assinaram? Não. Mas eles fizeram um compromisso, deram suas palavras de que, se tudo der certo, eles farão parte sim! De qualquer jeito, há grandes possibilidades de estarem os três atores, mas isso está um pouco além da certeza. Esta é a vida na produção de filmes independentes.
Entrevista de David Cronenberg para a "IGN"
IGN: Muitas pessoas se questionaram à respeito de alguns aspectos do filme. De quais recursos esses “cidadãos de Cosmópolis” podem se valer para elucidar tudo isso?
D: Eu acredito que com o “making of”, que é em verdade tem maior duração que o filme, pode dirimir alguns desses aspectos. Obviamente não é qualquer pessoa que compra o DVD, que se sente interessada em realmente entender a fundo tudo isso. Por isso que acredito que um dos motivos essenciais de fazer um bom “making of” não é apenas o de fazer algo que todos falem, “oh, foi um trabalho ótimo entre todos que fizeram parte do filme”, mas sim o de poder mostrar realmente todo o processo de filmagem. Como resultado disso, por exemplo, seria para com os estudantes de cinema, e para com aqueles fãs de cinema, porque acaba-se por trazer para bem perto e com certa familiaridade, aqueles que fizeram parte do filme. E no caso específico de “Cosmópolis” trouxemos um set de filmagens fora do usual: uma limusine. Por isso, fizemos questão e tomamos o máximo de cuidados para ter certeza de que era um ambiente preciso, passado com muita honestidade, simplicidade e de maneira esclarecedora.
D: Honestamente, eu não tenho uma agenda para por meus compromissos, eu não tenho planos traçados. Eu simplesmente faço um projeto de cada vez. Quando eu estou fazendo um filme, é como se, a cada novo filme que eu faça seja o primeiro, como se nunca tivesse feito um antes. Eu não penso sobre os filmes que já fiz. Acho que às vezes as pessoas pensam que você diz: “Sim, olhando toda a minha carreira, talvez eu tenha que fazer um filme deste ou aquele tipo”. Mas nunca é assim. Primeiramente, é tão difícil conseguir que seu filme seja financiado, de maneira que você deixa de ter qualquer controle em relação a quando será filmado. Por exemplo, com o filme “Dead Ringers” as pessoas me perguntavam “porque só agora?!”; e eu as respondia: “Bem, eu tentei fazê-lo a 10 anos atrás, mas se eu tivesse obtido o financiamento necessário... mas não foi o caso.”. Logo, você não detém este tipo de controle de escolher quando e qual tipo de filme. Outro aspecto importante, é como já havia dito, trata-se de uma responsabilidade muito individual, subjetiva. Quando me mostraram o livro “Cosmópolis” pelo produtor, foi algo totalmente inesperado, e ainda assim, minha responsabilidade para com ele tornou-se imediatamente positiva. Era o tipo de responsabilidade para com o livro, mas sem pensar e me remeter aos outros do DeLillo, apesar de já ter lido muitos deles, nem mesmo me reportar aos meus outros filmes. Quando que optei pelo Rob Pattinson eu não pensei nos outros filmes que ele já havia feito, nem mesmo pensei em algo do tipo: “OK. Ele é famoso o suficiente para obter financiamento." Ao invés disso, eu pensei se ele era ou não um bom ator. Por isso que você deve tentar assimilar tudo fora do frenesi, e ter uma relação de igualdade em no trabalho que você está desenvolvendo e com os atores com os quais se trabalha. Eu não acho que seja algo difícil de se fazer.
Entrevista do David Cronenberg para “The Playlist”
• Falando um pouco sobre o Rob:
"Eu realmente acho que ele é um ótimo ator. É extremamente criativo. Ele me surpreendia em Cosmópolis todos os dias com sua atuação, sob os vieses de várias nuances e coisas inesperadas. Claro que eu estava muito familiarizado com o diálogo e ele ainda assim me surpreendia.” Disse Cronenberg entusiasmado. “E eu acredito que ele seja o tipo de ator com quem eu queira trabalhar muito, que é justamente como sinto também em relação ao Viggo Mortensen. Quando se encontra um ator que te surpreende a cada dia, você percebe essa que essa versatilidade pode fazer com que o ator faça outro filme, com um personagem totalmente diferente.”
• Falando um pouco mais sobre o filme, "Maps to the Stars”.
“Na verdade é como se fosse uma sátira sobre a vida em Hollywood. O que é algo bem típico em se tratando do roteirista Bruce Wagner. E de certa forma é uma condensação da essência de Bruce. E, ao mesmo tempo em que retrata um viés de sátira, é ao mesmo tempo, denso, forte no que tange ao aspecto emocional, perspicaz e engraçado.”, explicou Cronenberg. “E também será a primeira vez que irei filmar nos Estados Unidos. É estranho porque mesmo que meus filmes se passem no ambiente dos Estados Unidos, como ‘Cosmópolis’ e ‘The Dead Zone’, eu nunca filmei nos Estados Unidos. Esta seria a primeira vez. E eu estou muito animado.”
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