segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Scans + Entrevista de Kristen para L'Express Magazine




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Kristen Stewart – “Eu tenho uma personalidade impetuosa.”

A heroína de Crepúsculo, a série romântica de uma geração inteira, se tornou, aos 22 anos, a atriz mais bem paga do mundo. Ela também é o rosto da fragrância Florabotanica, da Balenciaga.

Uma manhã, na suíte do Parisian Palace, Kristen Stewart, olhos verdes, figura esbelta, está ansiosa para começar.“Sem gravador!”, ela disse com uma voz forte, em toda a sua glória de 1,63m. “Tome nota! Use sua memória! Invente coisas!”. A entrevista não está começando bem, mas ela explode em risos. Ela estava brincando. A heroína da série romântica, Crepúsculo, o qual o mais recente filme acabou de entrar nos cinemas, interpretou Bella Swan por cinco anos, esta jovem adolescente apaixonada por um vampiro de 104 anos, que a trouxe sucesso. (…) Hoje, Kristen ainda está forte e de cabeça erguida. Aqui está o que ela tinha pra dizer…

Converse conosco sobre Bella Swan.
Nesse novo filme, ela não é a jovem romântica e tímida que temos visto, mas uma terrível vampira guerreira de olhos vermelhos como sangue… Ela agora corre na velocidade de um guepardo e ganha na queda de braço de um monstro que tem 3 vezes o seu tamanho… Para me preparar para esse papel, eu tive que seguir um treinamento físico exaustivo. E também é a primeira vez que eu interpretei uma mãe. Minha filha também é uma vampira que anda e fala quando ela tem um mês de vida e 91cm de altura.

O que você sentiu quando filmou esse último Crepúsculo? Melancolia ou alívio?
Eu me diverti bastante: havia 100 vampiros no set, parecia o Halloween. O chão estava coberto com lentes de contato vermelhas, que perdíamos constantemente. Na época do primeiro Crepúsculo, eu tinha apenas 17 anos: Nenhum de nós esperava esperando algo assim. Nós crescemos juntos com cada filme, nós estávamos lá uns para os outros e isso ajudou muito. Esses cinco anos me ajudaram a crescer em um nível pessoal.

O sucesso de Crepúsculo também abriu várias portas pra você no mundo do cinema?
Absolutamente. Eu tenho acesso a papéis mais importantes: Marylou em Na Estrada, de Walter Salles… O romance de Kerouac sempre foi importante pra mim. Eu amo a Marylou, ela é engraçada, inteligente, desinibida. Eu lutei por anos para que esse filme pudesse ser feito. E antes de começarmos a filmar, eu tive minha própria viagem com uns amigos.

Você se reconhece nela?
Sim e não. Eu não sou uma líder e nem alguém que gosta de definir tendências e, infelizmente, eu não sou alguém que tem esse impulso que força outras artistas a criar, de forma que eles não são devorados pelos seus demônios interiores. Mas eu tenho uma personalidade impetuosa, um lado absolutista, às vezes rigorosa. Eu me imponho algumas regras: eu escolho personagens fortes, os quais eu posso me identificar, hipersensíveis, torturados. Eu preciso ser honesta comigo mesma.

Qual é a sua definição de honestidade?
É difícil explicar. Ouvir meu coração e meus instintos. Fazer algo em que eu acredito profundamente, mesmo que cometa erros. Mas como você questiona algo em que você acredita tanto? Saber quem eu sou é o que mais importa pra mim, e é o trabalho de uma vida inteira. Também é necessário ter raízes: valores, inseridos em sua educação.

Como você era quando criança?
Eu era selvagem, muito tímida. Na escola, as pessoas me chamavam de “the wall” [a parede]. Eu tinha TDAH [Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade]. Eu deixei a escola quando tinha 13 anos e comecei a estudar em casa. Eu adorava cozinhar. Se eu não fosse uma atriz, provavelmente seria uma chef. Mas eu sempre tive o mundo do cinema no meu sangue. Eu quase nasci em um set. Eu adorava seguir meus pais [Pai: um gerente de palco e produtor de televisão/Mãe: uma supervisora de roteiros] nos sets. Eu comecei a atuar quando tinha 9 anos.

Que papéis foram os mais formativos?
O Quarto Do Pânico de David Fincher. Eu interpretei a filha diabética de uma mulher divorciada (Jodie Foster). Eu tinha 10 anos… Olhando para trás, eu percebo que tive muita sorte, mesmo se eu não tivesse sido boa o suficiente para o papel. Jodie me incentivou. Ela é um exemplo pra mim. Eu sempre penso nela quando estou gravando um filme, em sua integridade. Outro filme importante para mim foi O Silêncio de Melinda, no qual eu interpretei uma adolescente traumatizada que é estuprada. Pela primeira vez, eu senti como se realmente não estivesse atuando, eu estava apenas pondo pra fora as emoções. E em seguida, teve esse encontro com Sean Penn e Na Natureza Selvagem. O Sean me deu o empurrão para eu ser parte do cinema independente, que eu sempre amei.

Você tem algum modelo de vida?
Sim. Charlize Theron, com quem eu filmei A Branca de Neve e o Caçador. Eu admiro suas escolhas, sua maneira de se transformar em cada filme, sua bondade – ela é alguém com quem posso contar – É alguém que eu posso confiar. Ela não é uma diva, de modo algum. Ela pensa em si mesma como um elemento do filme. Fora isso, alguém que eu adoraria ser… Brigitte Bardot. Eu não poderia pensar em alguém mais diferente de mim!

Recentemente, Patti Smith disse: “Kristen Stewart é muito carismática. Eu adoraria que ela interpretasse meu papel na adaptação para filme do meu livro ‘Just Kids’.”
Patti Smith é uma mulher forte, real, profundamente comovente. Suas palavras realmente me tocam. É verdade que eu tenho paixão pela música. Eu toco guitarra desde pequena, eu tenho uma coleção de Fender Telecaster e Gibson. Meu pai costumava ser hippie e ele me ensinou como replicar os acordes das músicas de Neil Young e Bob Dylan. Eu escrevo musicas que são semelhantes a pequenos roteiros e eu só copartilho com os amigos – todos músicos. Mas você pode ouvir algumas delas em Na Natureza Selvagem e The Runaways – As Garotas do Rock. Eu adoraria gravar um álbum de rock.

Como você cria seu estilo que é tão pessoal?
Eu sou uma simples garota da Califórnia que usa bastante jeans e moletons. Mas eu também adoro os designers da alta cotura, particularmente Balenciaga, as texturas e cortes parecem arte. Eu aceitei ser o rosto de Florabotanica porque sua química é misteriosa e andrógina, e o frasco é quase uma peça de arte por si só. Essa fragrância tem uma vantagem. Se eu fosse uma fragrância, é isso que eu gostaria de cheirar.

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