segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Entrevista de Robert para Cineplex Magazine



Robert Pattinson estava esperando que sua vida mudasse esse ano – mas não tão radicalmente como tem sido, é claro. Com a estréia deste mês do quinto e último filme de Crepúsculo, Amanhecer – Parte 2, o ator Britânico de 26 anos estava esperando por uma pausa das fãs frenéticas e fotógrafos, que o tem obrigado a calcular cada movimento público seu por mais de quatro anos. E esta fama louca trazida por interpretar o vampiro dos sonhos Edward Cullen, provavelmente vai diminuir. [Antes dos últimos acontecimentos em sua vida], o desavisado Pattinson estava apenas preocupado com o que seria a vida sem a franquia de filmes que fizeram dele um galã internacional. Ao invés de um sentimento de alívio iminente, porém, ele expressa ambivalência sobre o fim da era muito intensa.

“É quase como se uma fase de minha vida tivesse acabado”, diz o Pattinson sempre cordial e estranhamente bem penteado. “Crepúsculo ainda é muito como uma parte de mim. Mas é bom saber que eu posso relaxar um pouco. Tipo, eu sempre tive que fazer outro filme entre as partes de Crepúsculo, e agora eu não tenho mais até eu encontrar o que eu realmente quero fazer, sem um limite de tempo”.

“Mas também, ter a rede de segurança de ter um outro filme de Crepúsculo para fazer a cada ano, se foi”, Pattinson diz, ciente de que a maioria de seus lançamentos não-franquia (Poucas Cinzas, Lembranças, Bel Ami – O Sedutor, e Cosmópolis de David Cronenberg) encontraram pouca bilheteria.

“Então, é um sentimento estranho, eu realmente não sei como me sinto sobre isso ainda”.

Havia uma sensação semelhante de incerteza durante as filmagens de Amanhecer (ambos os capítulos foram gravados simultaneamente em Louisiana e British Columbia, pelo diretor Bill Condon). Enquanto a primeira parte contou com o tão esperado casamento e a consumação do amor entre o morto-vivo Edward (Pattinson) e a mortal Bella (Stewart), ela também nos presenteou com a estranha gravidez e o parto mais angustiante visto desde que Rosemary teve seu bebê.

Na parte 2, Bella agora é uma vampira e mãe de um… bem, é difícil dizer exatamente o que é, de rápido crescimento. Mas é do sexo feminino, e os orgulhosos e desnorteados pais lhe dão o nome de Renesmee. A existência da garota leva os Volturi – o corpo governamental que rege os vampiros, se você preferir – a projetar um esforço total para tomar posse da criança.

No entanto, Pattinson diz que achou as cenas parentais, ao invés dos confrontos sangrentos entre diferentes facções de vampiros e lobisomens desencadeados pela existência de Renesmee, as partes mais difíceis de filmar no último filme de Crepúsculo.

“Vendo Edward e Bella com uma criança, isso é meio louco”, diz ele. “Vendo-os criar um bebê até uma garota de 11 anos de idade, no âmbito de um filme, é uma das coisas mais estranhas que eu já vi na minha vida. Foi incrivelmente estranho de interpretar também. Eu não acho que há realmente alguma maneira que você possa se relacionar com algo assim, eu acho que eu só estaria aterrorizado o tempo todo”.

“Felizmente, Mackenzie Foy, que interpreta minha filha e de Kristen, era simplesmente fantástica. Mais uma vez, acho que vai ser algo que você nunca viu”.

Pattinson também elogia o diretor Condon (Kinsey – Vamos falar de sexo, Dreamgirls – Em busca de um sonho) por fazer ele e Stewart se sentirem mais colaboradores do que nunca, e por deixá-los saber que ele estava, por vezes, mais estranhado pela história do que eles.

“Quero dizer, eu nunca trabalhei com um diretor que compartilhasse suas idéias fracassadas, ou as idéias que ele realmente não quer fazer, apenas pra constar”, Pattinson lembra. “Ele saiu de seu caminho para fazer com que eu e Kristen nos sentíssemos como se fossemos parte do processo criativo”.

No final, Pattinson está feliz por ter interpretado a tumultuada e bizarra história de amor de Edward e Bella para o mundo todo ver. “Eu realmente gostei da ligação do relacionamento”, diz ele. “Você chega ao fundo do poço no meio. Então, você meio que chega a este momento em que eles estão totalmente apaixonados e tudo está ótimo. E depois você começa a ter o tapete puxado novamente. Você normalmente não vê isso”.

“Mas, normalmente, eles nunca estão felizes”, ele acrescenta.

(…)

uma coisa Pattinson vai sentir falta sobre os bons e velhos dias de Crepúsculo, é trabalhar no Canadá, que é onde os últimos quatro filmes de Crepúsculoforam gravados em grande ou pequena parte.

Parece algo sobre o isolamento.

“Squamish [BC, fora de Vancouver] é um lugar incrível para se gravar”, se entusiasma Pattinson. “É um dos melhores lugares que eu já trabalhei, porque não há ninguém por perto! Basicamente, você é livre para fazer o que quiser”.

Ou talvez seja a indiferença canadense, o que para uma estrela popular, pode simplesmente parecer boas maneiras.

“E Toronto é uma das minhas cidades favoritas”, continua Pattinson, que gravou Cosmópolis em Toronto. “Eu me diverti bastante – e também porque as pessoas apenas meio que te deixam em paz. Isso é algo que eu realmente aprecio no Canadá”.

Não vamos quebrar seu coração.

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