sábado, 8 de setembro de 2012

Robert Pattison e sua busca por filmes menores

Durante a divulgação de Cosmópolis nos Estados Unidos, Robert Pattinson e David Cronenberg concederam entrevista para o Detroit Free Press falando sobre a estreia do longa metragem, sobre filmes independentes e muito mais! 


É o terceiro dia da turnê de divulgação, evento este que está marcado pela imensa curiosidade sobre...bem,....você sabe sobre o quê.

Ontem, deram à Robert Pattinson um sorvete no “The Daily Show”, como se este fora uma preparação para o programa de entrevistas de “Jon Stewart”, no qual, de uma forma bem-humorada Jon Stewart repartia com Robert todas as suas experiências acerca de rompimentos. Nessa manhã, foi a vez de George Stephanopoulos no “Good Morning America”, quem deu a Rob um café da manhã de cereais.

O ator de 26 anos de idade estaria cansado de receber alimentos como forma de suborno?! “Suborno de comida”, ele repete um tanto quanto intrigado. “Pois é, me ofereceram cereal da Cinnamon Toast Crunch” essa manhã. Nem eu sei o porquê. Eu nunca mais tinha comido “ Cinnamon Toast Crunch” faz mais ou menos 6 anos. Em verdade, eu comi algumas batatas-fritas antes dessas entrevistas.

O super agradável ator britânico nessa conversa conosco ao telefone, poderia ser qualquer jovem estrela, promovendo um filme. Exceto pelo fato de não se tratar de qualquer pessoas,. Ele é Robert Pattinson, o galã da franquia de sucesso “Crepúsculo”; Rob e está fazendo sua primeira aparição pública desde que sua suposta namorada e colega de elenco Kristen Stewart, fez da relação dos dois, oficial. Por meio de um pedido público de desculpas para Rob. Depois de algumas fotos de seu namoro supérfluo com o diretor de “Branca de Neve e o Caçador”. O que causou um frenesi online e em toda a mídia, se aproximando do drama da separação de Tom Cruise e Katie Holmes. Estranho! Apenas Pattinson está lidando tão bem quanto qualquer outra pessoa poderia estar lidando. E ele já deixou claro nas entrevistas de que não está indo para discutir assuntos pessoais. 


Durante esta entrevista, ele de maneira educada desviou uma pergunta sobre as comparações feitas entre o estranho mundo dos filmes e a cultura de celebridade que move, gira, em torno dele. “Eu não sei se nossa cultura é uma cultura movida pelas celebridades em tudo que se faça.”, disse ele “ Eu acredito que isso se move por si mesma.”

Ele parecia muito equilibrado e agradável ao falar sobre “Cosmópolis”, seu mais novo filme que estreia na sexta-feira no “Metrô Detroit”. Esse filme incomum é cheio e metáforas e grandes discussões pontuais acerca do Capitalismo, tecnologia, riqueza, medo, paranoias, ambição e, sobretudo, o isolamento pessoal. Mas parece que o protagonista “Eric” (Robert Pattinson) sente-se diante a uma situação descomplicada, refrescante.

“É um cara que está tenho um ia estranho,” diz Rob no meio de uma risada, no que poderia ser o eufemismo do mês.

Dirigido por David Cronenberg, especialista moderno de estranhas peças cinematográficas, “Cosmópolis” permite explorar para onde está indo a sociedade, ou mesmo para que lugar desolador possa ela estar. Rico de diálogos elaborados, em suma maioria, em versos livres, isso deu a Robert Pattinson a oportunidade de sair ainda mais da imagem do romance melodramático da “Saga Crepúsculo”.

A história gira em torno de Eric Packer, um jovem bem sucedido da “Wall Street” , cujo império bilionário vê-se desmoronar com as areias movediças das taxas cambiárias. Como Eric passa a maior parte do tempo passeando em uma limusine, ele passa a conhecer os seus funcionários, assiste à protestos em erupção nas ruas, e, sim! Ele fez um exame de próstata dentro de sua limusine.

O roteiro escrito por Cronenberg baseia-se no livro lançado em 2003, do autor Don DeLilo; um autor que, como Cronenberg, é reconhecido por seu alto intelecto, e roteiros psicologicamente chocantes. Muito antes do movimento “Ocupe a Wall Street”, DeLillo viu o crescente embate entre os 99% e os magnatas financeiros que ganham dinheiro ao movimentar mais dinheiro.

Apesar de "Cosmópolis" ter um caráter agradável, e outro mundo em paralelo para fazer parte, Cronenberg, que está se juntando Pattinson para dar entrevistas, não acha que tal fato não tenha sido retirado do mundo em que vivemos, "Don DeLillo realmente tinha o dedo no pulso do que estava acontecendo e só emergiu de maneira mais clara agora”, diz ele. "Eu não acho que o filme é futurista. Acredito que seja algo que se aproxima e uma realidade estranha."

Nesta semana especial, Pattinson fez vários eventos promocionais para o tipo de filme que normalmente teria-se que competir a atenção.

Mesmo sem o frenesi das mais diversas fofocas atuais com o nome de Pattinson, a fama de Robert em virtude da saga "Crepúsculo" – Amanhecer Parte 1 estreia 16 de Novembro- colocou-o constantemente diante aos olhos do público ao longo dos últimos anos. Ele está usando esse prestígio para assumir papéis desafiadores em produções menores e trabalhar com diretores que admira. Ele estaria escalado para ser a próxima estrela de Werner Herzog "Rainha do Deserto", como TE Lawrence - a figura britânica interpretada por Peter O'Toole em "Lawrence da Arábia".

Pattinson tem uma explicação plausível do por que dele querer trabalhar com Cronenberg “O principal motivo é porque David é sempre bom", diz ele. "Há muito, muito poucas pessoas que foram boas duas vezes seguidas, e ainda mais por um longo tempo, e muito poucas pessoas que foram boas uma vez."

Para Cronenberg, realizar as audições para o papel de Eric Packer era algo extremamente difícil, porque este personagem está em todas as cenas do filme, sem exceção, e, por isso, você tem que entender o personagem. É um caso além do normal, ordinário. Se você não entender o personagem e suas complicações, você destrói a essência do filme. "

Para se preparar para "Cosmópolis", Pattinson se concentrou no roteiro. "Quando o li pela primeira vez, eu realmente apreciei a cadência e o ritmo que tinha a história escrita. Queria ler o texto em voz alta, logo que comecei a lê-lo."

Cronenberg diz-se surpreso, "de maneira positiva, grandiosa", por conta do protagonista e a liderança posta por ele a cada dia, observando que Pattinson trouxe sutilezas e nuances ao personagem e passou de vulnerável e amável, para duro, frio e cristalino nos momentos mais inesperados.

"Eu amava o jeito com que ele agia com os demais atores. Pois ele era muito atencioso e sensível ao que os outros atores estavam fazendo, o que significava que seu desempenho seria muito modulado e cheio de sutilezas e curvas; e tem muitas reviravoltas para com o personagem." 

O mundo bizarro de "Cosmópolis" é algo extremamente familiar para Cronenberg, cujos filmes incluem a produção de 1988, "Irmãos Inseparáveis", um filme sobre ginecologistas gêmeos, interpretado por Jeremy Irons; e uma produção de 1986 do "The Fly", o remake com Jeff Goldblum que não poupou em mostrar como um homem se transformara em um inseto. Mas Cronenberg fala mais como um sábio professor do que um artista excêntrico.

"Nós rimos muito mesmo!", disse o diretor sobre enquanto filmavam "Cosmópolis"; que foi filmado por cerca de um mês em Toronto. "Foi tudo muito divertido. Fazer um filme, quando ele funciona, quando você tem as pessoas certas, é divertido. É como se fosse uma brincadeira de criança, literalmente, no melhor sentido."

E Pattinson, longe da imagem do vampiro que brilha ao sol Edward Cullen como seu álter ego, ou mesmo, a figura da petulância e arrogância de Eric Parcker, Rob surge como alguém que busca por uma forma saudável de lidar com a fama, e com os temas mais sombrios abordados por "Cosmópolis".

“Eu acho o filme muito engraçado. Minha primeira impressão era sobre o quanto engraçado ele era. Era hilário o script. Fi algo muito leve fazer o filme. Não foi como fazer um. Eu não posso nem pensar em um diretor que é muito sombrio - um filme de Tarkovsky ", diz ele, citando o estilo austero de diretor russo Andrei Tarkovsky.

Já que Pattinson se aproxima o fim da saga “Crepúsculo”, ele parece estar preparado para as novas mudanças. Ele não tem problema de distinguir os projetos os quais o querem de fato pelo ator que ele é, dos demais projetos em que o querem apenas por “merchandising”. "Em geral, é bastante evidente", diz ele. "Se é puramente para o financiamento, você pode dizer em dois segundos. E realmente, apenas diretores maus querem isso, ou pessoas que simplesmente não se preocupam com o que eles estão fazendo."

Ele é claro em relação à forma como faz suas escolhas em relação á sua carreira: "Você escolhe as coisas por uma série de razões diferentes", diz ele. "Mas uma coisa que eu gosto de fazer é... coisas que não estão realmente previstas no mercado de cinema. Eu gosto da ideia de tentar contribuir de alguma forma."

Por isso, ajuda se um projeto não é tão vendável? Pattinson diz com uma risada, "Geralmente, quanto menos vendável, melhor para mim".

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