terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Cosmopolis nos prêmios 24FPS de 2012

Cosmópolis foi escolhido nos Prêmios 24FPS de 2012 como o melhor ator para Robert Pattinson e como melhor diretor para David Cronenberg. Leia a seguir o artigo:


Eu, como espero ter deixado claro todo ano no pré show podcast do Supermarcey, odeio o Oscar. Odeio suas escolhas seguras, tediosas e previsíveis. Odeio as politicas que os cercam. Eu odeio a maneira como eles agem com certas pessoas, ao invés de realmente premiar o melhor trabalho do ano, e eu odeio o fato de eles ainda são, por alguma razão, realmente levados a sério.

Pessoalmente, eu nunca pensei que prêmios baseados no consenso valessem nada, eles finalmente acabaram - para a maioria - premiando a mesma dúzia de filmes todo ano, talvez em diferentes configurações, e agradar a poucos, se houver, os eleitores individuais .

Felizmente, o 24FPS não é uma democracia, então essas são minhas escolhas muito pessoais, as vezes muito exóticas, para o que eu considero os melhores esforços de cinema, do que tem sido, para mim, um ano extremamente medíocre (mais sobre isso na próxima parte desta série).

Uma nota na elegibilidade: Eu considerei filmes que estrearam (no cinema ou DVD) no Reino Unido em 2012, junto com filmes que estrearam em festivais no Reino Unido em 2012, mas que, por enquanto, não tem acordos de distribuição.
Melhor Ator

Philip Seymour Hoffman: The Master
Matthew McConaughey: Killer Joe
Robert Pattinson: Cosmopolis
Melvil Poupaud: Laurence Anyways
Matthias Schoenaerts: Rust and Bone

Tem algumas surpresas nos nomes na lista acima. Matthew McConaughey; ele é um ator que sempre gostei, mas ele também é um ator que tem desperdiçado ou rebaixado seu talento por causa de dinheiro. Este ano, ele foi sensato. Melvil Poupaud, um ótimo ator, que deu um desempenho fantástico como um homem que embarca em uma mudança de sexo, mas em um filme que tem profundos problemas ósseos e que, apesar disso e outras nomeações aqui, eu não consigo recomendar como um todo. Matthias Schoenaerts; que chegou do nada para dar um desempenho bruscamente emocional em um filme que eu tinha poucas esperanças, mas acabei amando. Philip Seymour Hoffman, que oscila na paródia superestimada The Master, mas apenas evita cair, dando um desempenho fascinante. O mais inesperado, contudo, é o vencedor.

Vencedor: Robert Pattinson

Se você tivesse me dito no começo desse ano que eu teria escrito o nome de Robert Pattinson em Melhor alguma coisa (exceto em melhor 'esquecido'), eu teria rido na sua cara por minutos- especialmente depois de ver Bel Ami - mas Cosmópolis prova que atrás do vazio de Edward Cullen se espreita um lado muito sombrio, e um ator surpreendentemente inteligente. O Eric Parker de Pattinson é mais vampiro do que seu personagem em Crepúsculo; alimentando a alma do mundo, mas escondendo a sua luz em uma limusine como caixão. Há uma sensação de deslocamento total do mundo e das pessoas, refletidas no imaginário de Cronenberg, mas muito presente no trabalho de Pattinson. No entanto, há complexidade também, uma evolução cena por cena enquanto Packer estraga sua própria vida pouco a pouco, aproximando-se de envolver no mundo como ele faz. É a queda lenta d a máscara que é tão notável no desempenho de Pattinson. Eu só espero que - ao contrário de Hayden Christensen após Shattered Glass - Pattinson procure trabalhos mais desafiadores, porque aqui ele é uma revelação.

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