sábado, 8 de setembro de 2012

Entrevista traduzida de Kristen para ELLE Canadá


Quando você está falando sobre Kristen Stewart, parece impossível acompanhar com a controvérsia rodeando sua vida pessoal. Eu falei com a atriz pouco tempo antes das fotos infamas propagar boatos – não tenho nenhuma fofoca de última hora. Na verdade, estou indo para evitar completamente ameaças de morte de Twihards e rumores do Twitter.

Aqui está o que eu irei dizer…

Stewart deixa uma pista revelante sobre ela antes mesmo de nós termos sido formalmente apresentadas. “Oi, Kat? É a Kristen,” ela diz, sua monótona voz evidente ecoando pelas torres de celular de onde ela está em Paris para o telefone em minha mão.

Essa é a pista.

Porque não é desse jeito que geralmente acontece. Normalmente, uma publicitária liga para ver se você está pronto para falar com “Ms. Stewart” ou qualquer outra pessoa famosa o suficiente para fazer parecer rude, e inicialmente chamá-los pelo primeiro nome (mesmo se eles são invariavelmente mais jovens que você). Então o publicista te conecta com o assistente, que então (e eu não tenho nenhuma prova, mas tenho retratado frequentemente desse jeito) segura o telefone no ouvido das celebridades durante a conversa.
 
Parece que, aos 22 anos, Stewart está trazendo a discagem de volta.

Mas além de Twilight, nós falamos sobre seu papel como o rosto da nova fragrância da Balenciaga, Florabotanica, as intimidações do ensino médio, tortas e sobre aprender a não se importar com entrevistas.

Parabéns por ser nomeada a atriz mais bem paga pela Forbes. Como você mede sucesso?
“Essas listas da Forbes são papo furado. Sério, elas são ridículas. A lista em si é um tanto verdade mas não em detalhes – não o que importa… Eu nunca serei o tipo de pessoa que senta em uma grande montanha de dinheiro. As coisas se tornam estagnantes. Mas em nível de sucesso, eu nunca me senti mais desafiada. Eu estou tão pronta para trabalhar agora. Se eu puder me sentir tão desafiada quanto me sinto agora, eu me sentirei bem sucedida.”

Como você se sente agora que a franquia Twilight está chegando ao fim?
“Muitos projetos que eu fiz parte eram pequenos. Para Twilight, nós tivemos quatro anos para seguir – quer dizer, simplesmente e completamente obcecados – com esse projeto e sermos tão indulgentes. A coisa estranha é que a razão pela qual você começa um projeto é terminá-lo: Você e aquela história contada. Mas ter essa [tensão] nos últimos quatro anos é extraordinária. Então o alívio que vem com isso é até mais palpável. Twilight é algo que eu mantenho tão próximo, eu não posso nem te dizer. Quatro anos… isso é o ensino médio, sabe?”

Você parece realmente ambiciosa.
“Quando eu comecei, no início a ideia toda por trás disso, era que eu simplesmente queria um trabalho. Eu olhava para meus pais e achava que o que eles faziam era tão legal. Eu nasci no set e queria que adultos falassem comigo e essa coisa cresceu dali.”

E agora você está envolvida na moda. O que te interessa sobre a moda?
“Em toda caminhada da vida, você encontra espíritos familiares, eu encontrei Nic [Ghesquière] quando eu tinha 15 anos. Quando eles me disseram que eu ia fazer essa divulgação da Balenciaga para Interview Magazine, eu fiquei, ‘Uau! Eu não conheço nenhum nome de designer, mas eu sabia esse. É esse estranho o relacionamento que os atores são permitidos ter com a moda – eu não tenho que fazer nada com; eu não faço isso. Meu impulso para criar não tem nada a ver com roupas. Mas meu interesse está em estar rodeada por essa energia criativa, mesmo que não tenha nada a ver com a minha. É tão viciante. Quando uma coleção passa pela passarela, conta uma história. Meio que tem o espírito de um pequeno filme.”

Por que você acha que Ghesquière quis você para ser o rosto da fragrância?
“Eu já encontrei alguns diretores e, algumas vezes, você simplesmente sabe instantaneamente. Você aperta a mão de alguém e pensa, ‘Uau, nós precisamos trabalhar juntos.’ Então, ele provavelmente vai dizer que é porque [interpretando ele] ‘Ela tem esse espírito familiar.’ ” [Risadas]

Você parece complacente quando fala sobre seu estilo casual. O que te faz se sentir bem?
“Sim, eu fico meio complacente em entrevistas em relação à isso. Não é que eu seja complacente… eu me sinto tão bem em um par de jeans, que me cai bem. Patti Smith sempre teve um casaco trench – algo que você pode carregar por 15 anos e você pode usar com qualquer coisa por baixo. Então, agora, eu não consigo parar de usar essa jaqueta da Balenciaga. Qualquer lugar que eu estive nos últimos seis meses, eu dormi com ela. Eu não acho que irei parar de usá-la pelo resto da minha vida – a menos que eu me torne obesa.” [Risadas]
 
Kate Moss é um ícone de estilo e ela usa frequentemente sapatos e jeans. É uma estética pessoal, assim como qualquer outra.
“Eu gosto de ser capaz de me mover. Eu gosto de parecer com o tipo de pessoa que usa roupas largas, mas ainda assim, fica sexy. Eu odeio roupas que não te permitem se mover. Roupas podem realmente te arrastar pra baixo.”

É engraçado que você queira parecer desse jeito porque eu acho que tantas garotas, nos dias de hoje, querem parecer delicadas, especialmente em saltos altos.
“Eu sempre sinto como se eu estivesse cambaleando sobre as palafitas, ao menos nos tapetes – especialmente andando para falar com os fãs. Eu odeio ficar mais alta que eles. Então, eu quero tirar essas coisas.”

Você trabalhou com alguns desses rebeldes legais, como Joan Jett. O que é rebelde pra você?
“Eu interpretei Snow White, e todos ficam, ‘Você interpreta todos esses personagens fortes; deve ser tão importante pra você ser uma garota forte.’ O ponto é que logo que você menciona isso, você tira crédito disso, ‘Ah, sim, forte para uma garota. Obrigada.’ Eu acho que quando sua perspectiva é um pouco diferente da de outras pessoas, e você encontra a verdade em si mesma, e a força do coração para seguir isso, esse é um rebelde.”

Você foi escolhida na escola. Você encontrou, por acaso, alguma dessas crianças?
“Não [Risadas] Deus, eu adoraria. Não que eu fosse fazer alguma coisa. Apenas crescer e vê-los novamente, fora de tudo isso, seria uma coisa interessante… Sim. Isso é simplesmente natural.”

Você diz que o que você faz para viver é a coisa mais interessante sobre você. Mas que outras coisas que você está direcionada?
“O trabalho é estranho porque tudo está girando em torno disso. Meus melhores amigos, que estão constantemente me inspirando, são diretores e atores. É sempre como, ‘Talvez nós devêssemos fazer um filme sobre isso.’ Você nunca sente que está trabalhando e você nunca sente como se não estivesse trabalhando. Quer dizer, eu gosto de tocar música – eu toco guitarra. Eu não sei… O que te interessa?”

Eu gosto de cozinhar.
“Eu amo cozinhar também. Sou obcecada com isso.”

Que tipo de pratos você faz?
“Eu amo fazer comida italiana e a boa e velha comida americana.”

Você gosta da parte do cozimento?
“Não muito. O que me fez cozinhar foi fazer tortas, mas eu odiei a parte da crosta. Eu nunca consigo fazer certo. A química por trás do cozimento é tão rígida. Você passa tanto tempo cozinhando alguma coisa, e no fim, se não está perfeito, é uma completa perda de tempo. Você fica, ‘Passei meu dia todo nessa merda!’ [Risadas] Eu sou a cozinheira mais orgulhosa e arrogante. Eu nem mesmo me sento; eu arrumo a mesa e fico em pé e olho todos comendo e então como depois.”

Você parece alguém tão fácil de se conversar. Eu li bastante coisa sobre pessoas sendo duras com você por não ser super-feliz. Você se importa?
“Eu acho que é terrível quando as pessoas não compreendem o meu estar desconfortável com, tipo, ‘Eu não quero estar aqui.’ É realmente o oposto – eu sou muito preocupada. Eu absolutamente amo isso. Eu não pareço ser legal para todos; nem eu quero ser. Eu acho que é ao contrário da definição de legal. Eu não ligo mesmo.”

Sempre foi assim?
“Eu cresci insanamente… eu era muito inexperiente e eu era completamente desligada. Eu acho que o que foi mostrado antes, foi a forma do calo grosseiro, que eu consegui me livrar. Agora eu estabeleci essa linha de limite.”

Provavelmente seja o que parece para muitas pessoas, de um adolescente à uma jovem adulta.
“Eu acho que sim. Simplesmente seja aguçado porque agora todo mundo está considerando isso. É de um nível individual, como se não significasse nada. Nada disso te toca, aliás, a menos que você olhe para si mesma, você nunca vai enxergar isso. Apesar da energia em algumas entrevistas, você instantaneamente sabe. É como, ‘Você absolutamente me despreza e você nem mesmo me conhece.’ “
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