sábado, 29 de setembro de 2012

Entrevista de Kristen para Style.com


 

Obs.: A entrevista foi realizada há alguns meses atras.

Em qualquer dia, um evento que conte com Salma Hayek na primeira fila é algo para escrever. Mas não quando Kristen Stewart esta sentada do outro lado da passarela. A atriz se encontrava em Paris esta manhã, malditos paparazzis, para apoiar a coleção de Primavera da Balenciaga feita por Nicholas Chesquière. Stewart, que estava no desfile vestindo uma jaqueta de motoqueiro amarela e calças estampadas, se referiu a Chesquière como sua “alma gâmea,” o que provavelmente foi o que fez que sua recente colaboração no perfume Florabotanica da Balenciaga seja uma historia tão convincente. Inspirado no “surrealismo” de suas estampas florais que coloriram a coleção de Outono de 2011, Ghesquière tinha ideias bilaterais, especificamente no lado de estudo das flores bonitas que convencionalmente são consideradas inofensivas. “As flores podem ser carnívoras ou venenosas – contém veneno,” ele aponta, e é esse mistério o que ele queria explorar com a ultima colônia da casa.

Se o elaborado conto de fadas fosse tecido ao redor do vetiver, âmbar, cravo, menta e o “rosa experimental” o frasco é para acreditar, as flores que foram engarrafadas aqui apareceram de fragmentos de papel rasgados que continham os rascunhos de um designer solitário incorporados em uma terra hostil, e foram encontrados por uma menina que tinha “a inspiração de uma musa.” Na versão da vida real da fábula, é claro, o designer (Ghesquière) se reuniu com a musa (Stewart) em uma sessão de fotos depois de que a então jovem de 12 anos protagonizou “Panic Room” de David Fincher. “Eu nunca esqueci dela”, Ghesquière disse sobre Stewart, que conta com uma beleza que é “pura e incontrolável,” em sua opinião, ou em outra palavras, muito Balenciaga. Aqui, depois de ter saído de uma coletiva de imprensa de seu novo filme On the Road e só um mês do frenesi que será a conclusão da Saga Crepúsculo, Stewart se encontrou com a Style.com para falar sobre o Perfume, da intimidação da ‘primeira-fila’ e por que a coleção de primavera de Ghesquière pode ser sua favorita no momento.

Até agora, o único rosto do perfume Balenciaga foi Charlotte Gainsbourg. Como é estar nesse tipo de empresa?
“Eu gostaria de poder escolher uma palavra melhor, mas acredito que é impressionante. Eu sentei ao seu lado no desfile (da temporada passada) – que foi a primeira experiencia que tive em Balenciaga – e eu estava ridiculamente intimidada por ela! Nem sequer disse oi. Estava um pouco silenciada por ela. É uma estranha relação que nós, atores, estamos permitidos a ter com a moda. Para mim começou em uma idade muito jovem. Conheci Nicolas [Ghesquière] quando tinha 12 anos [em] este pequeno projeto que era muito parecido a uma sessão de fotos. Uma arara cheia de roupas entrou e simplesmente poderia escolher tudo o que fosse dessa empresa. [Balenciaga] foi a primeira marca de roupa que eu reconheci. ”

Você estava desenhando roupas então?
Eu nunca fiz nada com tato. Eu apenas queria estar ao redor de Nicolas. É como nos filmes. Você encontra sua alma gêmea. Você diz, “Precisamos fazer algo juntos.” Minha visão criativa não é sobre roupa mas… quero estar ao redor disso.

Nicolas disse que sua “feminilidade rebelde” é o que te faz adequada para Florabotanica. Essa característica parece estar te seguindo de muito perto recentemente, especialmente em seu trabalho. Você acredita que essa é uma definição certa do seu caráter?
“Especialmente agora – talvez seja minha idade – você não tem a audácia de coração ou a falta de medo que pode te diferenciar de outra pessoa ou não. Um rebelde autentico, alguém que é realmente rebelde, não tem nem ideia do que está fazendo. Só é natural. Se você é consciente disso, é uma pessoa artificial, falsa. Tendo Snow White [and the Huntsman] e On the Road – inclusive Balenciaga – todo mundo está dizendo, “você esta escolhendo estes papéis fortes,” e todo mundo se pergunta se eu estou tentando transmitir esses papeis fortes. E objetivamente, sim, estou. Mas também há um vazio agora mesmo é as pessoas querem encher. ”

Você vestiu um monte de Balenciaga desde que você se uniu oficialmente a casa. Você teve algum momento de moda favorito com a marca?
“[Nicolas] fez meu vestido de Cannes. E eu fui ao Met Gala com ele. E nós sentamos juntos e eu o vi desenhar esta…coisa. Acredito que ele diria que eu tive algo a ver com isso, mas isso é totalmente falso. Só fiquei ali sentada. Eu adorei as camisetas gráficas [da coleção de Outono 2012]. E os vestidos longos – e os sapatos! Eu amei demais os sapatos. Eu devo dizer que vi a nova coleção [de Primavera] e é tão incrivelmente genial. Você tem que se conhecer muito bem para vestir isso, ou isso veste você. Faz total sentido que esta acontecendo agora, no entanto. Não quero que isso soe arrogante, mas isso estava feito para mim.”

Falando sobre se vestir para o tapete vermelho, como você escolhe suas roupas as incansáveis coletivas de imprensa que você continuará quando a parte final de Crepúsculo estreiar em novembro? 
“Muitas atrizes dizem que você pode interpretar diferentes papeis no tapete vermelho, mas eu simplesmente não posso afirmar ser alguém que eu não sou. Tara Swennen é minha estilista. Eu trabalhei com a mesma pessoa toda a minha vida. Definitivamente posso desbloquear qualidades e algo inesperado vem para a superfície – e isso é divertido, mas você sabe no mesmo instante se [um vestido] funciona ou não. Você não tem nem que fechar o zíper. É importante confiar nisso. ”

Você acha que usar perfume – esse perfume, especificamente – seja uma expeciencia igualmente transformadora?
[O perfume] é algo que eu estou usando agora, querendo cheirar bem. Tenho 22 anos. Eu não era uma garota de 15 ou 16 anos que colocava perfume. É uma coisa curiosa, que de repente te da “algo”. Te coloca em outro nível. Ha sofisticação nele. Eu me sinto um pouco… Olá! E isso faz eu me sentir muito bem. É sexo. É vibrante. E graças a Deus eu gostei [do Florabotanica] quando senti seu cheiro. Não sou uma boa mentirosa.

Você ficou conhecida no mundo da beleza por sua pele pálida. Como você tem mantido sua aparência de alabastro tão perfeita nos cinco filmes de Crepusculo?
“Sou muito branca. Embora para meu próximo projeto, não estou certa, mas vou ser loira e realmente morena! Me mantenho limpa e hidratada. Tenho a pele oleosa então uso Proactiv. É algo bom que meu rosto esteja… ativo. Skinceuticals é realmente genial também. Acabei de descobrir seus serums (uma substancia de beleza).”

No set, quão importante você encontra a maquiagem, a peruca e o vestuário para estar totalmente dentro do personagem? Você teve alguma experiência de beleza transcendente como quando você tinha o cabelo de Joan Jett em The Runaways?
“Oh sim. Se eu não tivesse isso não teria nada que me fizesse sentir legitima [em The Runaways]. Eu tinha adesivos no meu rosto, eu deixei meu nariz mais largo com maquiagem, eu afinei minhas sobrancelhas. – Tive um maquiador realmente genial, Robin Matthews. Em Snow White, trabalhei com [a designer de figurinos] Colleen Atwood – não há ninguém como ela. Suas roupas trouxeram tanto. Fizemos um filme de fantasia medieval mas nada era falso – não tinha velcro! Eu preciso disso. É o mesmo que no tapete vermelho, se você não se sente bem, não pode vende-lo. ”

Seja honesta: Você esta feliz ou um pouco triste de por seus dias de Crepuscúlo para trás? 
“Tão triste como sempre que você deixa algo, a razão por qual você começa esse projeto é que você terminá-lo. Eu o mantive tão perto, como faço com todos meus projetos. Você poderia me entrevistar sobre Panic Room agora mesmo. Me sinto do mesmo modo com Crepúsculo. Tive que viver esse mundo durante quatro anos e foi a experiência mais indulgente que eu já tive. A quantidade de alívio de ter feito é incrível – e inclusive isso é um pouco triste.“

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